Monsenhor Vicente Burnier

Histórias do Monsenhor Vicente Burnier





Re: Emoção marca despedida de Mons. Vicente Burnier 



Oi Luis!
Eis uma oportunidade de eu me sentir mais a vontade e falar a respeito sobre a minha espiritualidade.
Bom, eu hoje fico me cobrando muito pq não frequento a igreja aos domingos, porque não me sinto bem, não acompanho os ritos, fico perdida, os sermões dos padres, na maioria das vezes, fsão pronuciados em voz muito baixa ou que o padre não tem uma boa expressão oro-facial.
Graziela
Implantada em 18/10/2008
Ativada Freedom24 em 18/11/2008
Plano de saúde CASSI Família - Hospital São Lucas/Aracaju- SE
Equipe: Dr. Arthur Castilho Menino(SP),
            Dr. João Todt(SE),
            Dra. Rosane Goulart(SE), 
            Dra. Berta(SE),
            Dra. Raquel Stuchi(Politec-SP).


--- Em qua, 29/7/09, Luiz Antonio Jeller Filipe escreveu:

De: Luiz Antonio Jeller Filipe
Assunto: Emoção marca despedida de Mons. Vicente Burnier
Para: "FIC-Forum Implante Coclear"
Data: Quarta-feira, 29 de Julho de 2009, 0:04

  Não é preciso ter ouvido físico para ouvir a palavra de Deus, basta ouvir com o coração, assim como não é preciso ter voz, mas deixar falar a voz do coração. As palavras do Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, resumem quem foi Monsenhor Vicente de Paulo Penido Burnier. A missa de exéquias aconteceu na manhã dessa sexta-feira, 17, e reuniu dezenas de fiéis e padres da arquidiocese, além de Dom Gil e do arcebispo emérito da arquidiocese, Dom Eurico Veloso, e representantes nacionais da comunidade surda no país.

O sacerdote faleceu na manhã dessa quinta-feira, 16 de julho, em Juiz de Fora. Ele foi o primeiro padre surdo a ser ordenado da América Latina e do Brasil, e segundo do mundo, e faleceu com 88 anos.
 
Hoje Monsenhor Burnier concluiu sua caminhada terrestre. No céu ele está ouvindo os cânticos dos anjos e intercedendo por nós junto a Deusâ, comentou Dom Gil logo no início da celebração.

O trabalho do primeiro sacerdote surdo do Brasil e da América Latina foi recordado durante a missa. Para Dom Gil o sentimento de dor na hora da morte é inerente ao ser humano, mas todos devem celebrar ação de graças pelo trabalho desenvolvido pelo sacerdote. Esse irmão exerceu melhor o sacerdócio que muitos outros padres com perfeita audição, ele anunciou a palavra de Deus sem escutarâ, declarou.

O arcebispo emérito, Dom Eurico Veloso, que conviveu desde o tempo em que estudava para ser padre com Monsenhor Burnier, destacou a importância de se continuar a caminhada do sacerdote. Ele serviu de modelo para mim, foi servidor do reino com uma disponibilidade invejável. Fez aquilo que não fomos capazes de fazer, temos que continuar sua história, concluiu.

O segundo sacerdote surdo do país, Pe. Wilson Czaia, discípulo de Monsenhor Burnier também esteve presente. Comunicando em Língua Brasileira de Sinais - Libras - explicou que deixava um ícone de Nossa Senhora da Ternura sobre o caixão do sacerdote demonstrando que o primeiro padre surdo do Brasil também foi sinônimo de ternura.

Logo após a missa, os presentes seguiram para o enterro, que aconteceu no cemitério da Igreja Nossa Senhora da Glória.

Monsenhor Burnier se destacou por fundar 18 pastorais dos surdos no Brasil e três pastorais fora do país. Estava em Juiz de Fora, desde 2001, quando fundou a pastoral dos surdos da arquidiocese. Na cidade, ele ainda atuou como arquivista da Cúria Metropolitana.


Veja os depoimentos de renomes da comunidade surda sobre o falecimento de Monsenhor Burnier:
Ficava observando Monsenhor Burnier e, assim como ele, surgiu a vontade de seguir a Deus “Pe.Wilson Czaia“ Segundo sacerdote surdo do país “ discípulo de Monsenhor Burnier

Obrigado por ter sinalizado primeiro“ Pe. Aluísio – Assessor dos intérpretes católicos do Brasil e integrante da Canção Nova
Admiro o monsenhor pela coragem e pioneirismo. Ele deu exemplo de que tudo é possível“ Lucas Vargas- Presidente da associação nacional dos surdos

A comunidade dos surdos está perdendo um grande colaboradorâ“ José Nicomedes “ ex-presidente da associação dos surdos.

Ele sempre foi ícone no Brasil na comunidade surda, não podemos mensurar a perda“ Leonardo Fernandes “ integrante da Pastoral dos Surdos da Arquidiocese JF.

Ele fez um esforço muito grande para divulgar a comunidade surda. Foi um homem de valor “ Bruno “ integrante da associação nacional dos surdos.
* publicado em 17/07/09
http://www.arquidio cesejuizdefora. org.br/site. php?nome= Not%EDcias&edicao=2664
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Conheci o Padre Vicente Burnier quando estudava no antigo Instituto Municipal de Educação de Surdos (hoje Instituto Hellen Keller) lá pelos idos dos anos 70. De cara, simpatizei com ele; naquela época, eu era um Católico fevoroso, embora minha pouca idade. Foi em uma palestra, e depois perdi o contato. Fui encontrar com ele novamente, anos depois, quando era adolescente no Instituto Santa Teresinha, ao lado do Pe. Eugenio Oates e das Irmãs de Nossa Senhora do Calvário. Não era aluno regular do IST, mas frequentava o Instituto aos fins de semana, onde passava o tempo ao lado das Irmãs surdas. Acabei fazendo cursinho com as Irmãs e ocasialmente com o Pe. Vicente em suas vindas a São Paulo. Acabei fazendo minha primeira comunhão com o Pe. Vicente, participado de alguns retiros e viagens, além de conhecer outros padres, como o Pe. Volmir e Pe. Salvatore Stragapede qual guardo boas lembranças.

Há mais de 20 anos não tenho contato com o Pe Vicente Burnier. Mas a notícia de seu falecimento me entristeceu. O convivio, os ensinamentos, sua alegria, liderança e amor aos deficientes auditivos estão e estarão sempre comigo em meu coração. Muito do que sou hoje, devo a Vicente de Paulo Penido Burnier.

Descanse em Paz, Monsenhor Vicente!

Luiz Filipe - Moderador
Implantado no HCFMUSP - Dr. Arthur Menino Castilho
Implantado 23/10/2003 - Nucleus C124R(CS)
Ativação SPRint 26/11/2003 Ativação Freedom 14/01/2007


http://br.groups.yahoo.com/group/implantecoclear/message/43460







Emoção marca despedida de Mons. Vicente Burnier




“Não é preciso ter ouvido físico para ouvir a palavra de Deus, basta ouvir com o coração, assim como não é preciso ter voz, mas deixar falar a voz do coração”. As palavras do Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, resumem quem foi Monsenhor Vicente de Paulo Penido Burnier. A missa de exéquias aconteceu na manhã dessa sexta-feira, 17, e reuniu dezenas de fiéis e padres da arquidiocese, além de Dom Gil e do arcebispo emérito da arquidiocese, Dom Eurico Veloso, e representantes nacionais da comunidade surda no país. O sacerdote faleceu na manhã dessa quinta-feira, 16 de julho, em Juiz de Fora. Ele foi o primeiro padre surdo a ser ordenado da América Latina e do Brasil, e segundo do mundo, e faleceu com 88 anos. “Hoje Monsenhor Burnier concluiu sua caminhada terrestre. No céu ele está ouvindo os cânticos dos anjos e intercedendo por nós junto a Deus”, comentou Dom Gil logo no início da celebração. O trabalho do primeiro sacerdote surdo do Brasil e da América Latina foi recordado durante a missa. Para Dom Gil o sentimento de dor na hora da morte é inerente ao ser humano, mas todos devem celebrar ação de graças pelo trabalho desenvolvido pelo sacerdote. “Esse irmão exerceu melhor o sacerdócio que muitos outros padres com perfeita audição, ele anunciou a palavra de Deus sem escutar”, declarou. O arcebispo emérito, Dom Eurico Veloso, que conviveu desde o tempo em que estudava para ser padre com Monsenhor Burnier, destacou a importância de se continuar a caminhada do sacerdote. “Ele serviu de modelo para mim, foi servidor do reino com uma disponibilidade invejável. Fez aquilo que não fomos capazes de fazer, temos que continuar sua história”, concluiu. O segundo sacerdote surdo do país, Pe. Wilson Czaia, discípulo de Monsenhor Burnier também esteve presente. Comunicando em Língua Brasileira de Sinais - Libras - explicou que deixava um ícone de Nossa Senhora da Ternura sobre o caixão do
sacerdote demonstrando que o primeiro padre surdo do Brasil também foi sinônimo de ternura. Logo após a missa, os presentes seguiram para o enterro, que aconteceu no cemitério da Igreja Nossa Senhora da Glória. Monsenhor Burnier se destacou por fundar 18 pastorais dos surdos no Brasil e três pastorais fora do país. Estava em Juiz de Fora, desde 2001, quando fundou a pastoral dos surdos da arquidiocese. Na cidade, ele ainda atuou como arquivista da Cúria Metropolitana. Veja os depoimentos de renomes da comunidade surda sobre o falecimento de Monsenhor Burnier: “Ficava observando Monsenhor Burnier e, assim como ele, surgiu a vontade de seguir a Deus” – Pe.Wilson Czaia – Segundo sacerdote surdo do país – discípulo de Monsenhor Burnier “Obrigado por ter sinalizado primeiro” – Pe. Aluísio – Assessor dos intérpretes católicos do Brasil e integrante da Canção Nova “Admiro o monsenhor pela coragem e pioneirismo. Ele deu exemplo de que tudo é possível” – Lucas Vargas- Presidente da associação nacional dos surdos “A comunidade dos surdos está perdendo um grande colaborador” – José Nicomedes – ex-presidente da associação dos surdos. “Ele sempre foi ícone no Brasil na comunidade surda, não podemos mensurar a perda” – Leonardo Fernandes – integrante da Pastoral dos Surdos da Arquidiocese JF. “Ele fez um esforço muito grande para divulgar a comunidade surda. Foi um homem de valor” – Bruno – integrante da associação nacional dos surdos. * publicado em 17/07/09
http://www.arquidiocesejuizdefora.org.br/site.php?nome=Notícias&edicao=2665

FONTE:  http://www.arquidiocesejuizdefora.org.br/site.php?nome=Notícias&edicao=2665


ANO 8 - ED 85 - 26 A 30 DE NOVEMBRO DE 2006
PADRE COM SURDEZ PROFUNDA
É ORDENADO EM CURITIBA
Wilson Czaia é ordenado padre pelas mãos do arcebispo D. Moacyr Vitti, na Igreja São Francisco de Paula.

A cerimônia de ordenação de Wilson Czaia, em Curitiba, representou um marco no trabalho da Igreja Católica junto aos deficientes auditivos. O diácono, de 37 anos, tornou-se o segundo padre nascido com surdez profunda do Brasil. A ordenação, pelas mãos do arcebispo D. Moacyr Vitti, aconteceu na Igreja São Francisco de Paula, onde o padre rezará missas em linguagem de sinais, todos os sábados, às 17h. Estas missas não são exclusivas para os surdos. Os ouvintes podem acompanhar o evangelho por meio da leitura dos folhetos e com a ajuda de um intérprete, que transmitirá o sermão em voz.
Wilson Czaia vai dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo Monsenhor Vicente Burnier, o primeiro sacerdote surdo profundo do Brasil, ordenado em 1951, em Juiz de Fora (MG), hoje com 84 anos. Logo após a ordenação, Czaia rezará missas e levará o ineditismo da proposta para várias capitais. Em muitos locais, ele tem o compromisso de celebrar a primeira comunhão e a confissão de crianças surdas. “Esse é um verdadeiro caso de inclusão. Teremos um padre que nasceu na cultura dos surdos e agora vai trabalhar para eles. É a superação da própria deficiência”, diz o padre Ricardo Hoepers, coordenador da Pastoral dos Surdos em Curitiba.
http://www.cienciaefe.org.br/jornal/ed85/mt07.html





















Primeiro padre surdo do Brasil atua em MG
Redação 24HorasNews

     O primeiro sacerdote surdo ordenado padre no Brasil, Vicente Burnier, 80 anos, pertencente à Arquidiocese de Juiz de Fora, na Zona da Mata, está no Vale do Aço. Convidado pela Pasto ral dos Surdos Voz do Coração, cumprirá agenda de atividades que vão até domingo. Burnier fará palestra sobre a vocação religiosa e celebrará missa na Catedral de Coronel Fabriciano.
     
     Vicente Burnier foi o primeiro sacerdote surdo ordenado no Brasil e é conhecido também no exterior pelos seus 51 anos de trabalho de evangelização e promoção da dignidade humana dos deficientes auditivos. A pastoral que o convidou iniciou suas atividades em abril de 2002 com o objetivo de integrar o deficiente auditivo aos segmentos organizados da sociedade, visando romper com os preconceitos e limitações impostas ao longo de muitos anos.
     
     A própria Igreja Católica em Roma teria feito uma série de exigências para a ordenação de Vicente Burnier. Por volta de 1950, ele conseguiu audiência com o Papa Pio XII a fim de provar que era capaz de falar, uma das mais importantes exigências para o sacerdócio. A Cúria Romana teria ficado surpresa ao ouvir de Vicente Burnier palavras ditas em latim.
      
Fonte: Hoje em Dia 
http://www.24horasnews.com.br/index.php?mat=24260